As organizações estão saturadas de mudanças?

Que estamos mudando o tempo todo e cada vez mais rápido, todos sabem! Mas será que estamos saturados?

A saturação de mudanças conceitua quantas mudanças estão ocorrendo na organização (mudanças disruptivas) em comparação com a quantidade de mudanças que a organização pode lidar (capacidade de mudanças). Uma empresa está no ponto de saturação de mudanças ou ultrapassando, quando há tantas mudanças acontecendo que não é mais possível lidar de maneira eficaz.

De acordo com a Pesquisa de Melhores Práticas em Gestão de Mudanças Prosci – 11 Edição – estamos chegando em um ponto preocupante e que requer entendimento, análise e ação.

• 50% dos participantes responderam que suas organizações estão esperando aumentar significantemente a quantidade de mudanças nos próximos 2 anos.
• 73% das organizações estão perto, no ou já passaram o ponto de saturação de mudanças

• Colaboradores e gestores intermediários foram apontados como os grupos mais afetados pela saturação de mudanças.
• 48% das organizações apontam a saturação de forma global (em todas as áreas e setores da empresa)

Mas como medir a saturação?

A quantidade de mudanças que uma organização pode ou não pode lidar não é fixa nem arbitrária. Elas atingem a saturação de mudanças porque ninguém tem uma visão estratégica e ampla de todo o portfólio de mudanças, além do impacto de tudo sobre as pessoas. Em muitas organizações, é uma prática comum gerenciar o portfólio de projetos, mas isso não fornece uma visão de como todos eles estão afetando os colaboradores e a empresa. Quando o impacto cumulativo e coletivo da mudança não é monitorado e gerenciado, surgem as consequências do lado humano, o que nos impedirá de atingir plenamente os objetivos da mudança. As consequências podem ser vistas nos níveis individual, projeto e organizacional.

No nível individual, em um ambiente de saturação de mudanças, os colaboradores podem ficar desengajados, frustrados, fatigados, resistentes, confusos, mais céticos em relação às mudanças em curso e às futuras, porque já estão lidando com muitas transições.

No nível das iniciativas, em um ambiente de saturação de mudanças, as iniciativas não percebem os ganhos e benefícios, as mudanças não são sustentadas e não ganham força porque as prioridades são ignoradas e os recursos são escassos.

Cada um desses níveis terá, sem dúvida, um impacto no nível organizacional. Uma organização que está operando ou ultrapassando o ponto de saturação de mudanças pode experimentar maior rotatividade, queda de produtividade, aumento do absenteísmo, perda de foco nos fundamentos do negócio e clima negativo.

Essas consequências são o resultado de empreender mais mudanças do que uma organização pode lidar, enquanto a Gestão de Mudanças é negligenciada. Felizmente, as consequências podem ser mitigadas. Os participantes da pesquisa mostraram como suas organizações estão trabalhando com a saturação de mudanças:

• Estabelecendo, gerenciando e monitorando o portfólio de mudanças da organização.

38% das empresas gerencia o portfólio de mudanças e normalmente essa gestão está no Escritório de Gestão de Projetos (24%), no Escritório de Gestão de Mudanças (17%), com os Executivos (16%) e com a Tecnologia da Informação (11%)

Lembre-se de que, mesmo que sua organização já esteja gerenciando um portfólio de projetos, por ser o lado técnico, não oferece uma visão do impacto sobre as pessoas.

• Priorizando as mudanças de acordo com os objetivos estratégicos da empresa e da capacidade de absorção de atividades, projetos e liderança da organização.
• Usando as estruturas existentes na organização com recursos dedicados como por exemplo escritório de transformação, escritório de projetos, comitês já estabelecidos.
• Ajustando o portfólio e limitando o número de mudanças que acontecerão no mesmo momento, criando uma melhor distribuição de recursos.
• Melhorando os esforços de comunicação no nível de um portfólio. Para todos entenderem as mudanças da empresa de uma forma conjunta e sinérgica e não de campanha projeto a projeto.

A Prosci tem um processo que adiciona a dimensão humana à gestão do portfólio de mudanças. O Processo Prosci de Gestão de Portfólio de Mudanças, segue uma estrutura sólida e integra ferramentas que podem ser aplicadas para minimizar e evitar as consequências individuais, de projeto e organizacionais da saturação de mudanças. O processo consiste em cinco fases para mapear, estabelecer e gerenciar o portfólio de mudanças.